Editorial do Globo não nos representa! Democratização da Mídia Já!

Nota da UJS Rio de Janeiro sobre o Editorial do Jornal O Globo que fala sobre a Democratização da Mídia!

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A União da Juventude Socialista do Rio de Janeiro (UJS-RJ) através da presente nota manifesta seu repúdio ao editorial criminoso, publicado pelo Jornal O Globo, sobre o tema da Democratização da Mídia. Ignorando o fato que o direito à informação é um direito humano inalienável de todo ser humano e tratando a liberdade de expressão como “liberdade de propriedade”, mais uma vez as organizações da família Marinho manifestam sua falta de compromisso com a democracia e com a pluralidade de vozes que ecoam por todo o Brasil. Continue reading

Daniel Iliescu: “A luta agora é por meia-entrada para todos os estudantes”

No domingo (1), durante plenária estadual, a União da Juventude Socialista do Rio de Janeiro (UJS-RJ)  elegeu o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu o novo presidente da entidade no estado.

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Iliescu conta que a sua entrada na UJS se deu por ele ver na entidade a garra e a vontade dessa juventude de mudar o Brasil e o  mundo. Continue reading

UJS-RJ repudia ameaças à ocupação da Reitoria da Gama Filho

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A União da Juventude Socialista – Rio de Janeiro (UJS-RJ) manifesta seu repúdio a essa postura autoritária da reitoria da UGF.  É inaceitável que uma instituição de ensino puna, inclusive na forma de exclusão, os alunos que lutam justamente em defesa da qualidade do ensino da mesma. A UJS-RJ se solidariza e se coloca ao lado desses estudantes na luta contra a mercantilização do ensino e convoca toda sua militância para participar ativamente dessa luta! Continue reading

Militância da UJS participa de curso de formação em Seropédica (RJ)

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A União da Juventude Socialista – Rio de Janeiro (UJS-RJ) realizou, no último fim de semana, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), uma nova edição do seu Curso Estadual de Formação.  Reunindo jovens de todo o Estado para discutir temas ligados ao socialismo, ao Brasil e à educação, o curso teve um saldo extremamente positivo e deixou a militância pronta para os novos desafios que irão se apresentar. Continue reading

Estudantes fazem pressão e barram “destaques da impunidade” na CPI do Ensino Privado

Estudantes comemoram vitória na ALERJ (Foto: Bruno Bou Haya)

Estudantes comemoram vitória na ALERJ (Foto: Bruno Bou Haya)

O movimento estudantil fluminense teve uma grande vitória na tarde de ontem (27). Com a pressão de centenas de estudantes, dentro e fora da ALERJ, foram retiradas as “emendas da impunidade”,  que queriam tirar nome de indiciados e evitar que o relatório seguisse para investigação dos órgãos competentes, e foi  garantida a inclusão do nome de Adenor Gonçalves, acionista majoritário do Grupo Galileo e de uma empresa pertencente a ele entre os indiciados. Continue reading

Estudantes Pressionam e Relatório da CPI do Ensino Privado é aprovado

Estudantes iniciando a concentração nas escadarias da ALERJ

Estudantes iniciando a concentração nas escadarias da ALERJ

Estudantes da Universidade Gama Filho (UGF) e da UniverCidade (UC), em conjunto com estudantes de diversas outras instituições de ensino tanto privadas quanto públicas, ao lado da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ) garantiram a aprovação do Relatório da CPI do Ensino Superior Privado. A União da Juventude Socialista teve presença forte nessa atividade, ao lado dos estudantes das duas instituições e defendendo a estatização das duas universidades. Continue reading

UJS-RJ se lança para as batalhas do segundo semestre

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A Direção Estadual da União da Juventude Socialista (Rio de Janeiro) se reuniu nos últimos dias 17 (sábado) e 18 (domingo) de Agosto para debater a conjuntura vivida pela juventude brasileira e os desafios da organização para o segundo semestre. Com a participação de militantes de todas as regiões do Estado, a UJS-RJ se lança aos desafios de seguir nas ruas buscando mais avanços, construir uma grande agenda de lutas pela regulamentação do ensino privado e uma mobilização massiva para o Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. Continue reading

UJS-RJ marcará presença no lançamento do livro de Aldo Arantes

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A União da Juventude Socialista (UJS), através da sua militância, vai marcar presença hoje no ato de lançamento do livro “Almas em Fogo – memórias de um militante político” do  ex-deputado comunista Aldo Arantes (74). O evento, realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Fundação Mauricio Grabois, irá acontecer sede da OAB-RJ (Av. Marechal Câmara, 150 – Centro/RJ).

O ato político/cultural contará c Continue reading

EUA Continuarão Espionando o Brasil e o Mundo

Kerry e o ministro brasileiro Patriota

Kerry e o ministro brasileiro Patriota

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, avisou na terça-feira (13), em visita ao Brasil, que os Estados Unidos não vão parar com o sistema de “espionagem” a cidadãos no país e exterior. Para o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, se a prática for mantida, as relações entre os Estados Unidos e o Brasil podem se enfraquecer, por causa de dúvidas e desconfianças. Continue reading

A Globo dá Calote em Todo Mundo

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Lula ganhou sua primeira eleição presidencial em 27 de outubro de 2002. No dia seguinte, 28 de outubro de 2002, a Globo declara que não tem mais condições de pagar suas dívidas internacionais. O beiço da Globo, saberíamos algum tempo depois, através de uma reportagem da BBC (e depois confirmada pela própria Globo), remontava a quase dois bilhões de dólares. Em comunicado oficial, divulgado pela Folha de São Paulo, a Globo diria que a razão da moratória seria a “deterioração da situação econômica do Brasil”. A Folha apurou que “a Globo decidiu anunciar a suspensão do pagamento da dívida da Globopar apenas ontem, um dia depois do resultado das eleições presidenciais, para que isso não fosse usado por nenhum dos dois lados da campanha eleitoral.”

Deu inclusive no New York Times:

 

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Diferentemente da Receita Federal do Brasil e do Ministério Público, os credores internacionais não aceitaram passivamente o calote da Globo, e entraram com uma ação judicial pedindo falência compulsória da empresa. A lei de concordata dos EUA é bastante dura com caloteiros de outros países, mas só quando os credores conseguem provar que o devedor tem patrimônio e negócios em território americano. Neste caso, a justiça americana tenta embargar inclusive patrimônio que o réu possua em outros países. Algo assim seria impensável para uma empresa cujo principal ativo é uma concessão pública de TV. Imagine a Globo nas mãosde agiotas de New Jersey?

Os platinados, com apoio do escritório de Sérgio Bermudes, esse mesmo que “pagou do seu bolso” uma festão de aniversário para o ministro do STF, Luiz Fux, e que emprega a filha de Fux e a esposa de Gilmar Mendes, conseguiram sustar a medida, alegando que não possuíam negócios ou propriedades nos EUA. E que os credores tinham que aguardar pacientemente um processo de reestruturação feito sob as leis brasileiras. Usando algumas brechas da lei da falência nos EUA, como o “Forum Non Conveniens” e a “personal jurisdiction”, segundo os quais a justiça americana entende que os EUA não são o melhor fórum para se discutir uma dívida, a Globo conseguiu, ao menos por um tempo, dar o maior beiço da história da mídia mundial.

Entretanto, entre os credores, havia um tal de W.R. Huff Asset Management Co., L.L.C., controlado por um sujeito com fama de durão, espécie de agiota de luxo dos ricaços de Nova York, que não aceitou o calote. A Globopar devia US$ 94 milhões ao fundo, ou 5% da dívida total, o suficiente contudo para enfurecer o velho William Huff. O investidor se uniu a outros prejudicados e o caso então foi para uma corte de apelação no distrito sul de Nova York. De vez em quando a Globo tromba com alguém corajoso. No Brasil, alguns meses mais tarde, o auditor fiscal Alberto Zilé daria um susto de R$ 615 milhões na Globo. Em Nova York, o enfrentamento veio do juiz Victo Marrero, ao tomar uma decisão logo convertida em modelo para casos similares, e objeto de estudos acadêmicos (outros estudos aqui e aqui). E que poderia gerar, aqui no Brasil, um questionamento que nunca aconteceu. A imprensa brasileira abafou fragorosamente a derrota judicial da Globopar em novembro de 2004.

Marrero aceitou o argumento dos credores, segundo os quais a Globopar tinha sim propriedades nos EUA: a DTH Inc, empresa criada sob as leis de Delaware, um conhecido paraíso fiscal em território americano. O endereço, conforme levantou o amigo Fernando Brito, fica na rua dos Laranjas (sic), ou Orange no original. Segundo os credores, essa DTH tinha importante participação acionária em três outras empresas do ramo de TV por assinatura. A própria sigla DTH (“Direct to Home”, ou direto para o lar) é usada para se referir ao negócio. A Globo havia fundado a NET no final da década de 90 e depois se tornaria sócia majoritária da Sky TV.

Os credores também estranharam que a Globo tivesse obtido empréstimos tão grandes, e alegasse possuir apenas míseros US$ 30 mil no JPMorgan Chase Bank. De qualquer forma, este valor, mesmo pequeno, mais a existência da empresa em Delaware, eram suficientes para fazer a Globo cair na rede e entrar na lei de falência sob território americano.

A esta altura, o velho Huff provavelmente já descobrira que a Globopar controlava a Sky, uma das mais importantes empresas de tv por assinatura em operação no Brasil, e que esse negócio devia ter alguma a coisa a ver com a DTH Inc. Em outubro de 2004, a imprensa mundial trazia uma novidade ainda mais interessante aos credores da Globopar: a bilionário Rupert Murdoch decidira dar uma mãozinha aos irmãos Marinho e se juntar à SKY. A fusão entre a Direct TV, de Murdoch, e SKY, da Globopar, cimentaria a aliança entre os dois grupos de mídia mais reacionários do mundo, dominando 95% do mercado brasileiro. Um monopólio absurdo que seria vergonhosamente aprovado pelo CADE no ano seguinte.

Os olhos de Huff devem ter brilhado e ele foi à luta. E ganhou.

Com a nova decisão da Justiça americana, a Globo teve que sambar para quitar suas dívidas no exterior. Então ela contrata uma firma especializada, a Debevoise & Plimpton LLP, que promove uma brilhante reestruturação das dívidas da Globo. Tão brilhante que ganhou prêmios e se tornou, também, objeto de artigos e estudos, como um case de sucesso.

A reestruturação das dívidas da Globo é relativamente rápida. Boa parte dos débitos é convertida em bônus e ações para seus credores no exterior. Parte dela é paga com a venda da Net para outro rei do monopólio, Carlos Slim, cuja Telmex dominava então mais de 90% das linhas telefônicas do México.

Todos monopólios da área de mídia e telecomunicações das Américas se davam as mãos.

Ao final de julho de 2005, a Globo consegue, enfim, dar por encerrado o seu pesadelo financeiro, ao concluir acordo com seus credores. Na verdade, desde meados de abril, o processo já contava com aval dos principais credores. Os recursos de Murdoch e Slim foram fundamentais.

Fim do pesadelo, começo de outro. Os irmãos Marinho mal puderam descansar a cabeça no travesseiro, sonhando com novas estratégias para dominar o Brasil, quando recebem um telefone urgente de seus advogados que trabalham na Rua Afranio de Melo Franco 135. No dia 1 de agosto de 2005, poucos dias após a Globo dar por encerrada a sua “reestruturação financeira”, a Receita Federal envia uma intimação à empresa.

Mas aí a fortuna, até então cruel com os pobres irmãos Marinho, que tiveram inclusive que vender algumas centenas dos milhares de imóveis que seu pai, Roberto Marinho, acumulara durante a vida, voltou a lhes sorrir. Algumas semanas antes, Roberto Jefferson dera uma entrevista bombástica à Folha de São Paulo. O escândalo caiu do céu para a Globo, que o abraçou com um senso de oportunidade digno da empresa que mais soube se aproveitar da ditadura. Tinha início o mensalão, que iria abalar o país e vergar o governo. Qualquer ação da Receita, neste momento, seria interpretada como uma retaliação autoritária e covarde de um governo corrupto contra a imprensa livre.

A Globo estava, mais uma vez, salva. Com a reeleição de Lula em 2006, porém, a Globo deve ter ficado apavorada com a possibilidade do presidente, fortalecido pela alta popularidade e pela vitória eleitoral, querer se vingar. Na primeira oportunidade, o processo de sonegação, que tinha implicações criminais bem mais pesadas do que a simples sonegação fiscal (se é que se pode chamar uma dívida fiscal de R$ 615 milhões de “simples”), desaparece, após, estranhamente, jamais ter sido digitalizado.

Tudo ia muito bem, até que… o processo reaparece, ou ao menos parte dele, nas telas de um modesto blog chamado O Cafezinho. Não, senhores, o escândalo Alstom – Siemens é muito grave e merece ser punido com todo o rigor. O Cafezinho e toda a blogosfera, ao contrário da mídia e sua “dupla cautela” está reagindo com justa indignação contra uma roubalheira que já dura mais de 20 anos no estado de São Paulo. Mas não esqueceremos a sonegação da Globo, não enquanto os mistérios envolvendo possível evasão de divisas e lavagem de dinheiro em paraíso fiscal, e o posterior roubo do processo, não forem devidamente solucionados por nosso corajoso e ilibado Ministério Público. Não sei se o “gigante” realmente acordou, se voltou a dormir, mas esse blogueiro aqui permanece de olhos bem abertos!

*por Miguel do Rosário, no seu blog O Cafezinho